terça-feira, 8 de março de 2016

Difícil descrever

   Difícil descrever o que sinto quando há o encontro dos nossos olhares. Parecer ser tão clichê definir tal sentimento. Corpo estremece, coração dispara, e disfarço tudo com um sorriso tímido.
    Difícil descrever o que sinto quando vejo seu sorriso. Ouso dizer que é um dos sorrisos mais lindos que já presenciei. Presenciar seu sorriso é contemplar uma beleza que nos tira o fôlego.
    Sua pele, seu cheiro, seu olhar encontrando o meu, troca de sorrisos tímidos. E em um momento eu me pego pensando na sua reação se você soubesse. E, apenas por um momento, nesses raros momentos em que estamos juntos, se é que posso dizer juntos, fico desejando que esta verdade seja revelada a você. E, poder assim sentir teu abraço e teu beijo.  
    Difícil descrever a maneira que me acho nos teus olhos. A forma que o mundo que se descortina diante dos teus olhos completa o meu.
    Difícil descrever a sensação que ti e tenho ao ouvir sua voz. Ouso dizer que é uma das minhas canções prediletas.

    Não sou capaz de determinar o exato momento em que tudo mudou. Não sou nem capaz de determinar o que mudou de fato. Contudo, você fez algo renascer. Floresceram novos sentimentos e fez com que outros reacendessem. E, um desses é o desejo de descobrir tudo isso ao seu lado. 






(Fernanda Muniz)

quarta-feira, 2 de março de 2016

Impossibilidade

   A impossibilidade pode machucar mais do que imaginamos. Ainda mais quando partimos do preceito de que nada é impossível. Ah! E existe uma GRANDE diferença em não podermos fazer determinada coisa em determinado horário e não fazermos nunca alegando que não nos é possível. Tudo é possível quando queremos que seja possível.
     Isso também não quer dizer que a impossibilidade não atinge quem toma isso como lema. Eu creio que esse lema, na verdade, é uma espécie de escudo para não dizer algo do tipo “Eu queria muito fazer, mas não tenho tempo.”, pois isso soaria como descaso. É só uma desculpa para tudo aquilo que ela não consegue fazer.
    Cabe a quem escuta não deixar que isto mine o relacionamento, seja de qual tipo for. Vai doer. São os famosos espinhos da rosa. A “impossibilidade” é um tipo de espinho que temos que tirar da rosa, para que ela fique ainda mais bela. Quando digo rosa você entende relacionamento. Sejam com nossos pais, nossos irmãos, nossos tios ou primos, ou até mesmo nossos amigos.
    Meu conselho para quem usa esse lema é que apenas ame. Ame mais. Não estou dizendo para estar colado dizendo o tempo todo que ama. Estou dizendo e defendendo que você diga que ama quando tiver vontade. Diga o quanto alguém é especial. E que você entenda que o fato de não poder ver a pessoa que se ama ou estar ao lado dela em um determinado momento não torna algo impossível, afinal impossível não existe. Essa escassez de tempo só quer dizer que algo na sua rotina não está no lugar em que deveria. E cabe a você arrumá-las e rever suas prioridades. Não permita ser machucado e machuque alguém especial com suas impossibilidades.
   Meu conselho para quem ouve esse lema é que tenha paciência e ame. Amar é aceitar as qualidades, defeitos, falta de tempo. Costumo dizer que é como no casamento. Amar é um pacote completo. Vai do machucar as mãos ao tirar os espinhos a contemplar o belo jardim criado.
     Ter um relacionamento exige um pouco mais. Contudo, quando há amor envolvido, a obrigação se torna um prazer absoluto.
      A impossibilidade é uma das ervas daninhas de um relacionamento. Este precisa ser regado com palavras e ações. Precisa ser podado evitando dizer algo quando se está com raiva ou triste. Precisa florescer com a espontaneidade. Precisa criar raízes com a liberdade e a confiança.
     Não permita que a tal impossibilidade mine seus relacionamentos. Seja mais forte. Seja mais inteligente. Seja extraordinário.




                                                                                          (Fernanda Muniz)